Caneta, Texto e Ação! #10
by
oculoselivros
- 18:14
Olá, todo mundo!
Há algum tempo a ideia de voltar ao blog me veio à mente, mas eu pensei: agora tô na faculdade, a vida adulta está se fazendo mais presente. Contudo, ler é algo intrínseco em mim, junto com esse amor pela leitura também veio a escrita, ainda não coloquei nenhuma das milhares de histórias da minha mente no papel, mas adoro escrever resenhas, é algo que me faz feliz. Pensando nisso, decidi fazer um esforcinho para retornar a esse lugarzinho que tanto amo.
Como post de retorno, decidi trazer a resenha de um filme que me tocou muito e que agregou bastante no momento atual da minha vida. Espero que gostem :)
Título Original: The Shack
Gênero: Religioso
Duração: 2h e 6min
Ano: 2016
Sinopse: Um homem vive atormentado após perder a sua filha mais nova, cujo corpo nunca foi encontrado, mas sinais de que ela teria sido violentada e assassinada são encontrados em uma cabana nas montanhas. Anos depois da tragédia, ele recebe um chamado misterioso para retornar a esse local, onde ele vai receber uma lição de vida
A Cabana retrata a história de um homem que perdeu sua filha. Numa viagem com os três filhos para um acampamento, Mackenzie viu seu filho ficar preso de cabeça para baixo num caiaque, conseguiu resgata-lo a tempo, porém percebeu que sua filha mais nova não está no lugar em que a deixou.
Assim que percebe que ela não está próximo ao acampamento, aciona a polícia, a investigação acontece e até o FBI é chamado, mas, infelizmente a única coisa que encontram é o vestido que ela usava e sangue por todo a cabana (lugar em que ela foi encontrada).
Tempos depois, a vida seguiu em frente, só que Mackenzie vive no piloto automático, não consegue se envolver com as situações que acontecem ao seu redor. Seu casamento ainda está de pé, entretanto não é mais o mesmo e sua filha do meio está passando por uma fase muito ruim.
Um dia, enquanto limpava a frente da casa, Mack encontra um bilhete em seu nome que foi enviado por Deus. Ele acredita que seja uma brincadeira de mau gosto, no entanto a mensagem do bilhete não sai da sua cabeça e ele decidi que não tem mais nada a perder, vai até a cabana onde tudo aconteceu e o que lá encontrará, mudará toda a sua vida.
“Você quer a promessa de uma vida sem dor, isso não existe.”
Não sou fã do gênero religioso, na verdade tenho até um certo receio de filmes do tipo. Por isso, não sei explicar exatamente o que me fez assistir esse filme, há alguns anos tentei ler o livro várias vezes e não conseguia dar continuidade, sempre abandonava-o. Então, foi com surpresa que não só assisti, como amei essa trama.
Os personagens todos tem seus propósitos para o desenrolar do enredo, obviamente Mack é o protagonista, aquele que está magoado demais para viver normalmente, o que teve um passado muito pesado e que só agora, após toda a tragédia, está lhe trazendo consequências. Toda a atenção do espectador é voltada para ele. As mudanças no seu comportamento durante sua passagem na cabana são muito sutis, ele questiona tudo e todos, às vezes não aceita tão facilmente as respostas encontradas. Acabei me identificando com o personagem de uma forma surpreendente, sobretudo porque nunca perdi alguém próximo a mim, senti uma enorme empatia por tudo o que Mack estava passando e superando.
Não irei falar sobre o papel de Deus, de Jesus ou mesmo o de Sarayel, pois além de ser, de certa forma, um spoiler, saber demais sobre esses personagens tira um pouco da magia que eles passam. Adorei a ideia de trazer Deus como uma mulher para quebrar a imagem que há muito tempo foi criada, Deus é como A (personagem de Todo Dia) apresenta-se de várias formas e está sempre presente, não importando o que.
A cabana é um filme que dá um nó na cabeça, te faz pensar, pensar e repensar. Você precisa estar com um bom estado emocional para entender o tanto de mensagens que essa história quer passar. Esqueça o fato dele ser classificado como religioso, as lições aqui retratadas servem para todos, pois fala de amor, família, sabedoria, cura, perdão e julgamentos de uma forma muito honesta. Termino dizendo que é o filme mais lindo, emocionante e delicado que assisti.
Beijos e até o próximo post!