[Resenha] Como dizer adeus em robô.
by
oculoselivros
- 17:00
Título original: How to Say Goodbye in Robot
Autor (a): Natalie Standiford
Editora: Galera Record
Ano: 2013
ISBN: 9788501091024
Sinopse: Com um toque melancólico, o livro conta a singular ligação entre Bea e Jonah. Eles ajudam um ao outro. E magoam um ao outro. Se rejeitam e se aproximam. Não é romance, exatamente mas é definitivamente amor. E significa mais para eles do que qualquer um dos dois consegue compreender... Uma amizade que vem de conversas comprometidas com a verdade, segredos partilhados, jogadas ousadas e telefonemas furtivos para o mesmo programa noturno de rádio, fértil em teorias de conspiração. Para todos que algum dia entraram no maravilhoso, traiçoeiro, ardente e significativo mundo de uma amizade verdadeira, do amor visceral, Como dizer adeus em robô vai ressoar profunda e duradouramente.
"– Todo esse tempo eu tive essa sentai estranha, como um membro fantasma – falou ele. – Sabe, como quando amputam sua perna ou alguma outra coisa e dizem que você ainda pode senti-la mesmo depois que não está mais ali? Seu pé coça, você vai coçá-lo... mas não há nada para coçar. Foi assim que me senti durante dez anos. Como se algo, ou alguém, estivesse ligado a mim por um fio invisível e estivesse sempre puxando, puxando, puxando... mas quando eu tento puxar de volta, não há nada na outra ponta."
Beatrice Szalo é uma adolescente que acabou de se mudar com a família para Baltimore. Como a cidade é pequena, todos se conhecem desde sempre, mesmo que não sejam amigos. Bea não demora a conhecer as pessoas, mas ela sente que não são amigos de verdade, já que não há muito em comum entre eles.
Sua colega, Annie, a agradece por mantê-la afastada do Garoto Fantasma na hora da Assembleia, Bea ficou interessada no porquê de tanta comoção em relação a um único garoto, que a primeira vista é bem inofensivo. E de do, Jonah Tate é inofensivo, ganhou o apelido de Garoto Fantasma na 7ª série e de uma forma bem cruel, só que ele nunca deu muita bola a isso.
Bea e Jonah começam uma amizade que não é bem uma amizade, porém nem eles sabem classificar o seu relacionamento. Bea compartilha muito de si com Jonah, e passa a ser a primeira amiga dele em anos, o que é algo raro e inesperado para os demais. Eles fazem tudo praticamente juntos, no entanto é uma amizade com altos e baixos por parte do Jonah.
"Eu sentia como se fosse possível abrir uma porta no meu peito oco de metal – só abrir-la, facilmente – e ver meu coração latejando, cru e sangrento e dolorido. Você até podia esticar a mão e apertá-lo se quisesse. Eu não queria ninguém chegando perto o bastante para abrir aquela porta e ver aquela bagunça."
Há anos que eu quero ler esse livro. Só que sendo bem sincera, não sabia o que esperar do livro. Na verdade, eu não sei dizer o que me chamou a atenção nessa obra. O livro não me decepcionou, mas eu estava esperando algo totalmente diferente, e fiquei um pouco pra baixo com o final dado ao livro.
Bea está passando por muitas mudanças em sua vida. Tem que se adaptar em mais uma cidade, lidar com os surtos da mãe e um pai que a ama, mas que é muito ocupado. Além disso, ela não tem muitos amigos e a única pessoa que chega perto disso é Jonah, que esconde muitas coisas dela e não sempre se afasta. Bea é tratada como um robô pela mãe, pelo fato de não se expressar tão abertamente, e por isso el vive tentando mostrar que é humana e que sente coisas (sentimentos) como todo mundo.
Eu sou completamente leiga no assunto psicologia, porém acredito seriamente que o Jonah sofresse de depressão ou algum distúrbio com sintomas parecidos. A princípio achei que o fato dele ter perdido a mãe e o irmão gêmeo fosse a razão, só que ao receber um boa notícia, ele fica tranquilo e de certa forma mais aberto, e é aí que notamos algumas características, o modo como ele odeio não só o pai, mas a todos com que convive. Jonah também é um pouco instável e anti-social. E, infelizmente, eu esperava por uma mudança de sua parte, que não veio e me chateei muito com esse personagem, pois, para mim, ele não aprendeu nada e muito menos evoluiu como ser humano.
No geral, o livro é muito bom, a leitura é bem leve e assim li o livro bem rapidinho. Apesar de algumas características me incomodarem, achei os personagens bem marcantes. É uma leitura rápida, às vezes divertida, que fala sobre as muitas mudanças que enfrentamos na adolescência, de emoções, amor, amizade, relacionamento familiar, de perdas, de como lidar com o turbilhão de sentimentos que nos assola nessa fase e principalmente como lidar com um coração partido.
Beijos e até o próximo post!